A jornada de um mestrado é, por natureza, exigente. Envolve investigação, escrita, reflexão crítica e, muitas vezes, conciliação com trabalho e vida pessoal. É um percurso de autonomia, sim — mas não deve ser um caminho solitário.
Tenho refletido sobre a importância de manter os alunos de mestrado motivados e acompanhados. É fácil perder o foco, a energia ou até o sentido do que se está a fazer, sobretudo quando surgem dúvidas, obstáculos ou momentos de maior cansaço.
É aqui que o papel dos orientadores se torna verdadeiramente decisivo. A atenção regular, a escuta ativa, o apoio nas dificuldades e o incentivo nos progressos são fatores determinantes para o sucesso de um percurso académico. Não basta estar disponível — é preciso estar presente.
Estimular os alunos, reforçar que são capazes, lembrar-lhes o porquê do projeto e, acima de tudo, criar uma relação de confiança, pode fazer toda a diferença entre um mestrado concluído com satisfação e um projeto que fica a meio caminho.
Investir na orientação é investir no conhecimento e nas pessoas que o constroem. E isso, para mim, é uma responsabilidade que não podemos deixar para segundo plano.