Já passou duas semanas (passa mesmo rápido!) desde que estive em Bilbau, e agora, com mais distância, consigo apreciar ainda melhor o que experienciei por lá. Na Egurtek, uma feira de construção em madeira, onde percebi o quanto esta abordagem representa mais do que uma tendência — é uma necessidade concreta de voltar aos materiais naturais, num compromisso com a sustentabilidade que o setor da construção precisa adotar. Como bem salientou David Chipperfield, o papel dos arquitetos e engenheiros passa por convencer os clientes da importância de integrar critérios de sustentabilidade nas suas decisões, e não porque é uma moda, mas porque é o caminho correto a seguir.
A visita/reunião na Tecnalia e o edifício Kubik. Ver um espaço dedicado à experimentação em energia e sustentabilidade aplicado a edifícios foi inspirador, e a visita reforçou a ideia de que a construção do futuro está intimamente ligada à ciência e à investigação tecnológica.
O último dia dedicado à cidade de Bilbau e os seus edifícios. Muitos são verdadeiramente emblemáticos, mas o que mais me marcou foi o Azkuna Zentroa, criado por Philippe Starck. Este edifício mostra que o inesperado — e até o excêntrico — pode ser absolutamente funcional, como é o caso da piscina no último piso, onde a vista se estende para baixo, ligando arquitetura e experiência de uma forma única.
Bilbau é, sem dúvida, um museu a céu aberto. Em cada esquina, há edifícios com uma identidade própria que se integram no tecido urbano, mas que não deixam de se destacar e de afirmar a sua originalidade. Toda a cidade é uma verdadeira celebração da arquitetura e da inovação urbana, onde o antigo e o novo coexistem de forma harmoniosa. Foi simplesmente fantástico, uma experiência que vai certamente enriquecer a minha visão sobre construção e sustentabilidade.
