Em 2021 Portugal baixou em termos de Inovação

por Susana Lucas
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De acordo com diversas notícias que foram publicadas nos últimos tempos, como a que vi na AEP, “no recente European Innovation Scoreboard 2021 (EIS 2021), Portugal regista um forte retrocesso no desempenho relativo de inovação face à UE, tendo regressado ao grupo de “inovadores moderados” – após apenas um ano no grupo de “inovadores fortes” –, mas para o penúltimo lugar, apenas acima da Grécia, uma situação sem paralelo nos últimos anos, em que fomos sempre, pelo menos, dos melhores “inovadores moderados”.

Há alterações metodológicas que influenciam, em parte, a evolução referida, com reponderações, novos indicadores (passando para 32) e 3 novas dimensões, uma no âmbito da sustentabilidade ambiental – em que Portugal está abaixo da média da UE em 2021 – e mais duas dimensões (Digitalização e Uso de TIC), juntando indicadores novos a outros existentes, onde até estamos acima da UE.

Face ao EIS 2020, os domínios que mais se deterioraram foram:

  • o “Investimento Empresarial”, com destaque para a forte descida no indicador de despesa de inovação não I&D e a inserção de um novo indicador de despesas de inovação por empregado muito abaixo da UE, substituindo outro com desempenho relativo positivo;
  • os “Inovadores”, onde o indicador de inovações de produto/processo nas PME foi cindido nas componentes produtos e processos, esta última com um desempenho bastante abaixo da média da UE, notando-se uma descida em termos agregados. Foram ainda retirados dois indicadores onde Portugal estava bastante acima da média, designadamente as inovações de marketing/organizacional em PME e inovações em PME “dentro de portas”;
  • os “Ativos intelectuais”, onde a queda acentuada no indicador de pedidos de patentes, um dos que pior pontuam face à UE, foi amortecida parcialmente pela melhoria no indicador de marcas.”

 

Ou seja, além de termos novos indicadores, por isso não sei até que ponto estamos a analisar realidades distintas, os aspetos que tivemos menos positivos pode estar tanto relacionado como os desafios globais e focados em áreas de conhecimento específico, bem como algumas premissas que podem potenciar inovação como congressos, feiras, seminários e afins, onde a interação entre os diversos intervenientes do conhecimento pode ocorrer foi muito condicionada, como também estarmos numa fase de necessidade de uma “gestão corrente” tanto das empresas como dos fundos comunitários, que já se perspetivavam “em força”, no âmbito do novo quadro, desde 2020 e que foi “transladado” temporalmente.

No meio disto tudo acredito que somos um Pais de inovação, com potencial para a inovação e como excelentes recursos humanos para o efeito!

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