Por estes dias tenho me dedicado algum tempo a refletir e analisar uma questão que muitas vezes surge no meu percurso profissional: qual a diferença entre as atividades de engenharia e as atividades de investigação e desenvolvimento (I&D)?
À primeira vista, podem parecer áreas que se cruzam frequentemente — e, de facto, muitas vezes o fazem. No entanto, ao aprofundar esta distinção, percebe-se que existem diferenças importantes na forma como estas atividades são conduzidas, nos objetivos que perseguem e nos seus resultados.
A engenharia é, acima de tudo, prática. Trata-se de aplicar conhecimentos existentes para resolver problemas concretos. É onde os conceitos se tornam realidade, onde ideias passam do papel para o mundo real. Seja através de projetos, desenvolvimento de infraestruturas, produtos ou sistemas, o foco da engenharia está em criar soluções eficientes e funcionais, respeitando critérios técnicos, económicos e sociais.
Já a I&D (Investigação e Desenvolvimento) tem um propósito diferente. Aqui o objetivo é explorar o desconhecido, procurar novas soluções, gerar conhecimento inovador e abrir caminho para futuras aplicações. Muitas vezes, a I&D é menos imediata e mais incerta, porque envolve experimentar, falhar, aprender e descobrir. É o laboratório da ciência e da inovação, onde as ideias podem ser testadas sem a pressão de resultados imediatos.
Apesar das diferenças, estas áreas complementam-se de forma essencial. A I&D alimenta a engenharia com novos conhecimentos, enquanto a engenharia transforma as descobertas da I&D em aplicações reais, úteis e acessíveis.
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