O meu pai faleceu aos 90 anos. Que lhe pareceu muito, mas ainda queria mais, pois sempre considerou que a vida passa rápido de mais.
As últimas palavras que ouvi dele: está tudo bem! Julgo mesmo que estava com plena consciência que estava a partir. A rapidez e tranquilidade foram sempre características dele.
Não fomos perfeitos, até talvez fazemos coisas que não queríamos… mas está tudo bem! Brincava com ele, que ainda passava a árvore, mas enganei-me.
Foi um pai que sempre gostou de mim à sua própria maneira, sem muito afeto físico, mas sempre preocupado e feliz com as minhas conquistas.
Fiquei deveras feliz com todas as mensagens que recebi, com os telefonemas e quem mesmo apareceu para me apoiar nesta despedida física. Agradeço imenso. Verifiquei que por vezes não estamos ou falamos com alguém, mas ela está atenta.
Acredito que o importante és as recordações e os momentos que passamos uns com os outros. Com ele ainda estive 4 dias antes a fazer-lhe uma surpresa, a vê-lo ri por ser uma surpresa onde íamos almoçar. Pelo almoço que tivemos e a viagem, que tanto gostava de fazer comigo, fiquei com a alma cheia de boas recordações.
Por tudo isto e muito mais, muito grata por o ter tido este pai. Está tudo bem!