Em Portugal começamos a assistir à instalação de centrais fotovoltaicas com alguma escala a partir do ano 2000. Tendo as centrais um tempo de vida útil entre os 20 e os 25 anos aproximamo-nos agora do fim das primeiras centrais. Com isso chega a necessidade de desmantelamento das mesmas e decidir o destino que se dá aos diferentes componentes. O componente que terá um maior impacto (por ser também o que existe em maior quantidade) é o painel fotovoltaico.
Os fabricantes europeus (que vão resistindo aos ciclos do mercado e à concorrência) são obrigados a garantir a correta reciclagem dos painéis, no entanto a maioria do parque fotovoltaico instalado em Portugal não tem painéis de fabricantes europeus, mas sim do mercado asiático, principalmente da China.
Cabe aos promotores dos parques fotovoltaicos garantir a sustentabilidade das suas centrais desde a produção e aquisição dos seus componentes até ao fim de vida dos mesmos, quer passe pela reutilização ou pela reciclagem.
Estes setores, como a reciclagem dos painéis fotovoltaicos, serão essenciais na transição energética para a tornar economicamente viável e sustentável, permitindo o crescimento das energias renováveis.
Poderão ser necessárias mais medidas e ações políticas e estratégicas que consigam endereçar os desafios que o fim de vida útil das centrais nos começa a trazer.