Uma das surpresas (boas, espero eu!) que estou a viver no meu terreno em Famalicão é a quantidade de água que parece estar presente no solo. Desde o início das obras, o empreiteiro que construiu os muros levantou a hipótese:
“Isto cheira-me a nascente…”
Confesso que, na altura, fiquei entre a curiosidade e a incerteza. Afinal, ter uma nascente pode ser uma bênção — mas também levanta questões de gestão do terreno, humidade e estrutura.
Para Tirar Dúvidas, Um Buraco
Decidi então avançar com a escavação de um buraco de observação, para tentar perceber o comportamento da água no subsolo. E o que é certo é que logo aos 3 metros de profundidade, a água apareceu. Não sabemos ainda se será de lençol freático, infiltrações naturais ou de uma nascente verdadeira, mas ficou claro que o solo está bastante húmido e com presença constante de água.
Agora é acompanhar a situação, observar com calma e ver como evolui ao longo dos dias e semanas — especialmente com variações de temperatura e humidade.
Uma Charca? Talvez…
A ideia de ter tanta água disponível despertou também uma possibilidade que me entusiasma: e se der para criar uma charca?
Além de ser uma forma natural de aproveitar o que o terreno já oferece, uma charca pode tornar-se um pequeno ecossistema, atrair biodiversidade, regular o microclima e até servir como elemento paisagístico.
Claro que é preciso estudar bem o solo, os níveis de drenagem e a sustentabilidade da ideia, mas gosto da sensação de estar a descobrir o terreno aos poucos, com o tempo, e deixar que ele próprio me vá revelando o que pode ser.