Recentemente, encontrei-me numa discussão com um profissional de outra área, onde defendíamos pontos de vista distintos. Argumentei a minha perspetiva com base na minha experiência e conhecimento, enquanto ele apresentava o seu próprio entendimento sobre o tema. A troca de ideias foi intensa, cada um sustentando as suas convicções com argumentos bem fundamentados.
Após algum tempo de debate, percebi que ele começava a demonstrar sinais de confusão. Foi então que me disse: “Agora estou confuso.” Em vez de ver isso como uma barreira, encarei como um momento positivo e respondi-lhe: “Isso é ótimo! Quando começamos a duvidar, é aí que evoluímos no conhecimento.”
A confusão, muitas vezes, é um sinal de que estamos a reavaliar conceitos, a questionar certezas e a abrir espaço para novas compreensões. O processo de aprendizagem não se faz apenas pela absorção de informações, mas também pela desconstrução do que antes tomávamos como absoluto.
Desta experiência, tirei uma lição valiosa: argumentar não é apenas tentar convencer o outro, mas também provocar reflexão, levar à dúvida saudável e, no melhor dos cenários, promover o crescimento intelectual de ambos os lados. Afinal, a evolução do conhecimento acontece quando nos permitimos questionar e ser questionados.