Tenho acompanhado algumas candidaturas ao PRR (Plano de Resolução e Resiliência) e a adesão dos portugueses e das empresas portuguesas ao mesmo. A minha conclusão: as promessas eram boas, mas a adesão está francamente abaixo do esperado.
Dependendo do Aviso, os motivos são variados: os valores mínimos de redução (CO2 ou energia primária) são demasiado elevados tendo em conta os investimentos que se fizeram em eficiência energética nos últimos anos, o valor do apoio é manifestamente baixo para o projeto candidatavel, alguns dos requisitos processuais são difíceis de cumprir (por exemplo os minimis por empresa-única), ou porque apenas já não confiam em “coisas de borla” e a carga burocrática que acarreta no futuro.
Na prática, o investimento que tem sido feito na descarbonização e em eficiência energética tem sido sem recorrer a fundos, por iniciativa dos portugueses e das suas empresas.
Não valerá a pena refletir na forma como o PRR tem sido implementado?