No início da semana o Bernardo Augusto publicou no linkedin um relatório da EY sobra a resiliência das cidades, que considerei muito interessante e ao qual agradeço a partilha.
Assim gostaria de destacar as 3 razões que consideram prioritárias para ser considerada a Resiliência das cidades:
- As cidades estão sujeitas a cada vez mais incertezas, desde situações de riscos naturais e não só…
- A rápida urbanização e globalização colocam as cidades em stress, mais de 50% da população vive em cidades e estima-se que em 2030 existam 41 cidades com mais de 20 milhões de residentes (era 2 em 1950).
- O setor privado tem fundos e vontade de investir.
É uma abordagem global contudo relevante para o planeamento das cidades. Existe igualmente uma referência às cidades que criam resiliência nos projetos das infraestruturas, sendo destacados 5 pontos considerados:
- Incorporam o pensamento com base em sistemas para a tomada de decisão, nomeadamente situações de choque ou tensão. Assim a decisão nas cidades tem que ser integrada, nomeadamente para situações de risco.
- O processo de planeamento deve envolver todas as partes interessadas da comunidade. Cada vez mais é fundamental ouvir os residentes e todos que estejam direta e indiretamente relacionados com as cidades.
- Integrar projetos numa visão alargada da cidade que inclua a população vulnerável. As cidades de ter uma visão alargada e abrangente dos projetos para a sua população.
- Avaliar e construir projetos com base em benefícios a longo prazo, ambientais, sociais e económicos, bem como a curto prazo tenham capacidade para suportar situações de corte, perda ou interrupção de funcionamento. Cada vez mais os pilares da Sustentabilidade têm que estar presentes nos projetos bem como a flexibilidade e capacidade de reação.
- Ter presente que as infraestruturas precisam de se adaptar a novos desafios e por vezes imprevisíveis no futuro. A capacidade de adaptação em especial a situações imprevisíveis devem ser pontos-chave para a definição das infraestruturas das cidades.
Este relatório permite verificar que o planeamento das infraestruturas nas cidades não tem apenas que responder às atuais necessidades das mesmas, mas tem que ser adaptável, flexível e compatível com possível situações de risco, que cada vez são mais recorrentes e definidas de forma integrada e participativa. Fica para reflexão!