Um grupo de voluntários na Estónia está a tentar restaurar a Natureza para combater as alterações climáticas, criando trincheiras de turfa enterrada.
Apesar de pouco falado, a turfa (um tipo de solo) pode ter efeitos rápidos e muito positivos na nossa Natureza. Apesar de apenas cerca de 3% da superfície terrestre ser composta por turfa, esta é capaz de capturar o dobro do CO2 de todas as florestas a nível mundial.
O grande inconveniente deste tipo de solo é que quando é desenterrado ou queimado reage com o oxigénio, presente na atmosfera, libertando CO2.
A turfa também é um bom combustível e foi utilizado como tal durante muitos anos na Estónia (e em muitos outros países da União Europeia). Os pântanos formados pela turfa (que foi desenterrada e/ou queimada) são por isso agora uma das principais fontes de emissão de CO2 neste país. Da mesma forma, uma grande parte dos incêndios florestais queima turfa o que aumenta o CO2 libertado nesse incêndio.
A Alemanha, o Reino Unido e a Holanda estão a seguir o exemplo destes voluntários da Estónia. Tratar a turfa é uma das principais medidas da União Europeia para atingir as zero emissões de CO2 em 2050.