Vivemos numa sociedade onde a religião já não tem a importância que tinha, a maior parte das pessoas não segue uma determinada religião, mas vive com a certeza de que a vida não se resume à vida terrena e superficial.
Surgem por isso questões como: O que fazer da minha vida? Qual o meu propósito? Que legado quero deixar?
As pessoas querem ter impacto, seja na vida dos outros, seja no ambiente que as rodeia.
Esta consciência do propósito tem surgido cada vez mais cedo, em jovens e adolescentes, que querem fazer parte de algo, querem sentir-se envolvidos. Não é apenas o salário, ou os prémios, ou a empresa para a qual trabalham que faz com que se sintam parte de algo. Passa muito mais por aquilo que a empresa para a qual trabalham está a fazer para criar valor, para contribuir para a sociedade.
Hoje, quando se pergunta aos jovens que vão entrar no mercado de trabalho qual é o aspeto a que dão mais valor, a resposta é a cidade onde vão morar. Há alguns anos era a empresa para a qual iam trabalhar.
Tendo este pressuposto como base, já há algumas cidades europeias que promovem a escolha do seu caminho desde crianças. Na escola aprendem a criar um negócio, uma empresa. Há programas de empreendedorismo nas escolas para promover o mindset de empreendedor e a inovação. Há escolas que lecionam a criatividade, sendo esta uma das disciplinas do plano curricular.
Torna-se assim imperativo criar uma cidade inclusiva, onde os cidadãos gostem de morar. Deve ser assegurado que a mesma é segura, onde são pensados temas como a iluminação, espaços de convivência entre pessoas de diferentes idades e diferentes realidades, atividades lúdicas, limpeza urbana, segurança, ações de descarbonização, etc.
O bem-estar dos cidadãos de uma cidade não pode ser descurado.
