Hoje gostava de abordar o tema da Proteção de Incêndios e como a Engenharia Civil pode ajudar nesta prevenção.
Temos consciência que o nosso território tem uma dispersão de unidades urbanas, de pequena ou muito pequena dimensão, muito elevada. Contudo este tipo de unidades urbanas são usualmente desprovidas de planeamento e ordenamento do seu território. E usualmente é ai que surgem os maiores problemas nos incêndios.
Assim como gosto de contribuir de uma forma positiva, gostava de sistematizar algumas medidas que devem ser efetuadas aditivamente:
– Condicionar a vegetação arbórea com potencial carburante nos limites das unidades urbanas, bem como no seu interior;
– Efetuar as habitações com materiais de difícil combustão, por exemplo à base de terra ou pedra;
– Garantir arruamentos com material não carburante e nos limites das unidades urbanas e com largura adequada à circulação de viaturas “pesadas”;
– Criar zonas livres de construção, como praças para serem pontos de encontro;
– Existir recolha das águas pluviais em toda a área do aglomerado urbano e seu armazenamento;
– Linhas de água e reservas naturais de água, como o caso dos lagos, devem ser potenciadas e garantir a sua passagem pelo interior da unidade urbana.
Existem com toda a certeza outras medidas que podem ser desenvolvidas, por exemplo relacionadas com o tipo de floresta como da agricultura e povoamento dos locais, contudo não estão relacionadas diretamente com a Engenharia Civil.
Assim seria de toda a relevância que o nosso território nacional efetuasse uma reflexão e reação ao que tem acontecido de uma forma a garantir a salvaguarda das malhas urbanas existentes.
Em relação à floresta em si também não é da minha especialidade, contudo deixava uma reflexão de minha colega e amiga Piedade Roberto sobre o assunto: a indústria da floresta (sem os incêndios) contribui mais para o produto interno bruto que a Autoeuropa!
Fica o desafio para todos nós!