De acordo com a tese de doutoramento da Joana Mourão, para planear territórios urbanos com menores emissões de carbono é imprescindível produzir diagnósticos sobre o seu metabolismo urbano e estimativas dos efeitos da urbanização neste metabolismo (cenários). Para isso é necessário;
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- Informação estatística específica
- Metodologias coerentes de diagnóstico e de cenarização
- Convergência entre projetos e objetivos ambientais
A maior parte do planeamento urbano será sujeito ao um controle direto dos seus efeitos ambientais, em particular em termos de emissões (ex. Planos Estratégicos de Desenvolvimento Urbano).
Planear o fluxo energia-carbono implica olhar para os instrumentos de gestão territorial, PDMS, PUS e projetos urbanos e definir regras ou medidas e ações que levem a reduzir a energia que entra no sistema urbano e por isso a reduzir a saída das emissões de carbono. Implica também avaliar os impactos das ações prevista num plano em termos de reduções quantitativas de emissões ao longo do tempo.
Este é um exercício complexo de prospetiva que se faz a partir da definição de cenários que é necessário fazer, pois ninguém pode prever o futuro, apenas prepará-lo e comparar hipóteses.
Assim à partida parece uma equação quase impossível de definir, quanto mais de resolver. Na minha perspetiva parece-me que deve ser efetuado por partes, ou seja, analisar / exigir a nível das unidades físicas da cidade, tanto habitacionais, instalações ou espaços urbanos, bem como viários. Depois de ser efetuada uma definição nas partes efetuar a análise global, ou seja, se tivermos baixo carbono nas unidades da cidade ai temos que nos preocupar como as entradas e saídas desta, certo?
A última parte da equação é a evolução da cidade e a previsão ou simulação da mesma pode não ser a que na realidade acontece, mas aqui é que não será fácil sem bola de cristal…