O sector da construção está a atravessar uma fase de transformação acelerada. Entre novos materiais, tecnologias verdes e processos digitais, surge agora um conceito que promete mexer com o mercado: o chamado “Airbnb da construção”. Mas afinal, do que se trata?
O que é o “Airbnb da construção”?
O termo descreve plataformas digitais que funcionam como um ponto de encontro entre quem precisa de recursos para obras (equipamentos, ferramentas, mão de obra especializada, espaços temporários) e quem os tem disponíveis para aluguer ou prestação de serviços. Tal como o Airbnb conecta viajantes e proprietários de casas, estas soluções ligam profissionais e empresas, promovendo o uso partilhado e mais eficiente dos recursos.
Em termos de conceito, não é novidade. A economia de partilha já chegou há anos a várias áreas, do transporte ao alojamento. Mas no sector da construção, ainda é uma ideia relativamente recente e pouco explorada, especialmente em mercados mais tradicionais. O que é novo é a forma como a tecnologia permite hoje gerir essa rede de forma segura, transparente e escalável.
Tudo indica que é uma tendência.
- Pressão para reduzir custos: o aluguer partilhado pode ser mais acessível do que a compra ou o leasing convencional.
- Sustentabilidade: maximizar a utilização de equipamentos e recursos reduz desperdício e pegada ambiental.
- Digitalização do sector: a construção está a adotar cada vez mais plataformas online para gestão e contratação.
Em alguns contextos, já é uma necessidade. Obras de pequena ou média dimensão, empresas que não querem investir em maquinaria cara, ou zonas com mão de obra sazonal podem beneficiar enormemente deste modelo. Num cenário de inflação e escassez de materiais, soluções que aumentem a eficiência e a partilha de recursos podem ser determinantes para manter a competitividade.
Se vai tornar-se o “novo normal” no sector da construção, dependerá da adesão do mercado e da capacidade destas plataformas de gerar confiança, garantir qualidade e simplificar processos. Mas uma coisa é certa: tal como aconteceu com o Airbnb no turismo, a construção pode estar prestes a abrir portas a um novo tipo de economia colaborativa.