Uma metáfora para qualquer edifício:
O edifício ergue-se, não apenas como um conjunto de tijolos e cimento, mas como a encarnação de uma alma. Cada parede respira histórias antigas, sussurra memórias guardadas em cada recanto. As suas janelas são olhos que observam o mundo, capturando a luz do presente enquanto refletem os ecos do passado. Assim como uma alma carrega consigo o peso das suas vivências, o edifício absorve e preserva o espírito daqueles que o habitaram, cada pedra guardando risos, lágrimas e segredos.
Por dentro, os corredores são veias, por onde circulam sonhos e desilusões, emoções que fluem pelos seus espaços como correntes invisíveis. Os quartos são pequenos refúgios de intimidade, como o coração da alma, onde se escondem desejos profundos e inquietações que o tempo não apaga.
A fachada, envelhecida pelo tempo, assemelha-se ao rosto de uma pessoa que carregou anos de histórias, rugas marcadas pela passagem das estações. E, no entanto, o edifício permanece de pé, tal como uma alma resiliente que resiste às tempestades, à erosão do tempo e à transformação inevitável da vida. O edifício, como a alma, não é estático; é uma entidade viva, moldada por cada nova presença, por cada evento, por cada respiração que acolhe em seu interior.
Mesmo quando abandonado, o edifício mantém o seu espírito. O vazio físico é preenchido por sombras de lembranças, por uma energia que persiste, como se cada parede ainda sussurrasse o nome daqueles que passaram. É a alma de um lugar que nunca morre, mas se transforma, continuando a habitar o espaço com a presença invisível de tudo o que já foi.
Mesmo estando a abordar um edifício antigo eu consigo ver num edifício novo o potencial para criar esta alma!
Faz ou não sentido?