Ontem fui a Coimbra, mas propriamente à Universidade. Como estou no centro de investigação, considero que de alguma forma, e muito à distância, tenho de participar, colaborar, dar o meu contributo.
Consegui em uma só reunião, juntar o meu ponto de contacto da universidade (Rosa Maria Quinta Ferreira) e uns colegas Brasileiros (Marcos Vianna e Márcio Vianna, pai e filho) que conheci pelo linkedin. E foi ótimo!
Do Brasil temos muito que aprender, em relação á facilidade que se publica. Por vezes temos a ideia que existe muito produto académico ou científico do brasil que não tem tão boa qualidade que o do Portugal… considero uma falsa questão. É tão simples quanto isto, no Brasil são muito mais do que nós, por isso é natural que seja muito mais produzido! E depois nós, portugueses, temos usualmente dificuldade em arriscar, o que no meu ponto de vista, não acontece tanto pelo Brasil.
Um exemplo é na Engenharia, nomeadamente áreas da Engenharia Civil e Química, ou mesmo Sanitária. Em Portugal temos muito poucas publicações… comparando com a realidade Brasileira. Será que é por temos noção do prestígio internacional dos Engenheiros Portugueses que não queremos arriscar?
No meu ponto de vista é uma pena. Temos muita informação e de elevada qualidade, que não se encontra sistematizada, disponível. Podemos mesmo estar a perder informação. Não podemos estar apenas focados no futuro sem termos presente o nosso passado.
Será que não é importante termos o estado da arte da Engenharia Sanitária em Portugal? Claro que sim! Porque quando falamos em Economia Circular e de outros temas atuais (ou mesmo de moda) temos que analisar o que se fazia, se já não era uma visão integrada do ciclo da água, ou dos recursos… Fica a reflexão e mesmo desafio!