Home EngenhariaBetão orgânico existe? O que se sabe, quem investiga e quando poderá chegar ao mercado

Betão orgânico existe? O que se sabe, quem investiga e quando poderá chegar ao mercado

by Susana Lucas

Recentemente fui contactado por uma empresa à procura de uma solução bastante específica: betão orgânico. A ideia chamou logo a atenção — não é algo que se encontra à venda, pelo menos por enquanto. Fiquei feliz por poder ajudar, mesmo que apenas esclarecendo alguns pontos importantes.

Aqui vai o que descobri, e como correu todo o processo:

  • Antes de mais: por “betão orgânico” entendo um material de construção que combine características do betão tradicional com componentes orgânicos ou com propriedades vivas — talvez para maiores benefícios ambientais, permeabilidade, ou integração com ecossistemas.
  • Investiguei para ver se já existe algo comercial no mercado parecido ou equivalente, especialmente na Catalunha / Barcelona (UPC/Escofet).

Até agora:

  • Encontrei referências a projetos de investigação que exploram betões com componentes orgânicos ou aditivos sustentáveis, em contextos académicos.
  • No entanto, não localizei evidência de que exista uma solução comercial padronizada em que se possa simplesmente comprar “betão orgânico” pronto.
  • Não encontrei confirmação pública de uma parceria universidade-empresa que já comercialize esse material em Barcelona ou arredores, embora existam iniciativas de investigação e possivelmente protótipos.

Quando esta empresa me contactou — pedindo essa solução, acreditando que já estaria disponível — senti logo uma alegria genuína: é reconfortante perceber que há procura, interesse real por alternativas e inovação.

Fiquei tão envolvido em perceber os detalhes, em verificar factos, que acabei por não perguntar: como é que tinham chegado ao meu contacto. Seria útil saber isso — se foi por recomendação, por acaso, por algum artigo meu, ou por redes profissionais.

Este episódio deixa-me algumas ideias:

  • É um sinal encorajador de que o mercado / empresas já estão a procurar soluções realmente sustentáveis, não apenas teóricas.
  • Há uma lacuna entre investigação/pesquisa e oferta comercial. Pode haver muito trabalho científico, protótipos, mas transformar isso numa solução que se vende e se instala de forma escalável leva tempo.
  • O papel de pessoas de ciência, que têm alguma visibilidade ou conhecimento, pode ser importante — clarificar, informar, ligar pontes entre quem investiga e quem quer aplicar.

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